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Foto do escritorFred Ferreira

As 5 regras de ouro do empreendedorismo

"O empreendedorismo é um sistema de gerenciamento capaz de acrescentar enorme valor às empresas de qualquer porte, alcance ou tempo de existência. O que define o empreendedor é a busca de oportunidades além dos recursos tangíveis então oferecidos por suas empresas. O que os move é o desejo de identificar novas oportunidades em vez de se limitar a proteger o que as empresas já possuem", cita Lauren Keller Johnson, em artigo escrito para a Harvard Management Update.


Ser um gestor é muito mais que ser dono do próprio emprego. Nesse caso, as responsabilidades são dobradas, assim como o desafio de liderar uma equipe. As mudanças ocorrem a todo o momento, e acompanhá-las é fundamental para uma empresa manter-se viva. Na verdade, o necessário não é manter, e sim crescer. Defesa e estagnação é o primeiro passo para o fracasso.


E como o empreendedor tem sede de desafio, confira as dicas retiradas do artigo de Lauren Johnson:  


1. Mude de cima para baixo

O comportamento que um empreendedor sonha que seus funcionários possuam deve ser compartilhado por ele próprio. Segundo o professor da Harvard Business School, William Sahlman, o gerenciamento empreendedor precisa começar no topo de uma empresa, para depois ‘contaminar’ a cultura e todos os sistemas da organização. Além disso, é preciso dar oportunidades para os funcionários buscarem novas oportunidades de negócios, sem punir os fracassos para que isso não cause desmotivação. "Se a empresa optar por punir as medidas malsucedidas independentemente das causas do fracasso, desestimulará a tomada de riscos que poderia resultar em vantagens para a empresa", explica Lauren Johnson.


2. Estimule a paranoia saudável

Os líderes com espírito empreendedor têm consciência de que as ameaças podem vir de todas as direções. Por isso, ao invés de se concentrar apenas nos resultados em curto prazo, eles analisam as oportunidades perdidas e partem para o ataque. Com o acirramento da concorrência, tanto a direção das empresas como a força de trabalho, muitos empreendedores investem na manutenção do status quo, dedicando-se a conseguir a aprovação de leis de proteção de mercado em vez de se voltar para a identificação e conquista de novas oportunidades. Por isso podem sofrer com a concorrência em momentos futuros.


3. Evite a armadilha dos custos perdidos

Sahlman alerta que muitos executivos não conseguem escapar da armadilha dos custos irrecuperáveis ou perdidos: a manjada resistência em reduzir os prejuízos e aceitar o triste fato de que os investimentos anteriores não se pagarão, não importa o tempo que se espere. Empresas que se empenham em proteger seus sistemas de produção (mesmo após a falência do modelo no qual se baseiam) caíram direitinho nessa arapuca. A substituição de um modelo mais antigo por um mais novo exige coragem e determinação para destruir os "casulos de proteção" erguidos ao redor de práticas e estruturas consolidadas -algo que poucas empresas fizeram, na opinião de William Sahlman. 


4. Esqueça a escala e a possível canibalização

Sahlman lembra que muitos executivos afirmam não se interessar por novas oportunidades que não rendam negócios de US$ 2 bilhões. Essa postura, se não for modificada, pode transformar-se em sério obstáculo. O temor de que uma nova iniciativa canibalize os esforços já estabelecidos constitui outro risco. Analise quais as mudanças do ambiente ameaçam o seu negócio e descubra como lucrar com ela. Ainda que essa iniciativa não tenha êxito, os empreendedores competentes são sempre incumbidos de novos desafios.


5. Mantenha o espírito empreendedor das empresas adquiridas

Quando passam por uma fusão ou aquisição, algumas empresas ganham as habilidades, os recursos e o talento empreendedor necessários para se manter competitivas. Trata-se de uma abordagem válida, mas, na opinião de Sahlman, também inclui alguns perigos. Mais especificamente, os líderes da empresa que adquire devem proteger o espírito empreendedor que existe na empresa adquirida e resistir a qualquer tentação de confinar o novo grupo a "bolsões empreendedores" dentro da organização.

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